Porque no Evangelho não há separação, só união.
Esta é a história da vida deste grande homem.
Um símbolo , frágil, recluso aos 94 anos, mas mantém unido o seu povo.
O jornalista Richard Stengel conviveu por três anos com Mandela para escrever a biografia deste ilustre africano um homem que é um mito vivo.
Ele é o ultimo herói vivo do planeta. Mas ele próprio não aceita ser santo pois é um homem de muitas contradições. Parece durão mas se fere facilmente, e para ser assim ele é casca grossa com seus próximos, porem de extrema gentileza com os estranho.
É generoso com dinheiro mas não é de dar muita gorjetas.
Assim o descreve, este jornalista que hoje é o diretor da revista TIME e autor do livro: Os Caminhos de Mandela - Lições de vida, Amor, Coragem.
Neste livro é falado sobre o homem atrás do Mito. Ele não mata um inseto mas foi o primeiro comandante do CNA, congresso Nacional Africano. Um braço armado deste congresso, um homem do povo mas sabe e gosta de conviver com celebridades. Gosta de agradar mas diz não com toda firmeza.
Sabe receber os louros embora não transpareça, cumprimenta os da cozinha embora não saiba os nomes de seguranças por exemplo. Seus modos são de uma realeza africana mesclada com a aristocracia britânica, muito refinado, foi educado nas escolas coloniais com mestres que leram Dickens quando este ainda estava escrevendo. É formal sede a passagem estendendo os braços embora não seja todo certinho, é detalhista ao falar da rotina na sua prisão em Ilha Robben da mesma forma quando descreve o corte de seu prepúcio aos 16 anos no ritual tribal. Usa talheres de Prata nos grandes centros mas quando chega em sua região come com as mãos como costume local.
Quando na prisão, fazia cópias de todas sua correspondência antes de enviá las, anotando datas das que recebia.catalogando-as, dorme rigorosamente do mesmo lado da cama larga, mantendo o outro lado intacto.
Foi moldado pela prisão onde ficou durante 27 anos por lutar contra o regime de segregação racial de seu país onde brancos dominavam e os negros não tinham direitos civis. Seu espírito de liderança foi aprendido com vários líderes.
O pai chefe tribal distante, morreu quando ele ainda era criança, mas foi criado como filho pelo rei Thembu, seus amigos leais Walter Sizulu e Oliver Tambo, se espelhou em Winston Churchil, Hailé Selassié, Maquiavel e Tolstói.
Na prisão aprendeu autocontrole, disciplina e foco. Saiu com 71 anos muito diferente de quando entrou aos 44 anos.
Na prisão foi líder sem abrir concessões.
Neste tempo ponderava como ser um Homem, como ser político, como ser um líder, aprendeu a comportar.Seu destino foi excepcional,nasceu em 1918,seu nome tribal era Rolihlahis Mandela, filho da elite de uma etnia negra, sofreu como poucos a repressão do apartheid, mas foi quem colocou fim a este regime. Nasceu em um vilarejo do Cabo. O pai e o bisavô foram chefes do povo Thembu, em 1925 sua professora inglesa lhe coloca o nome de Nelson, e 1927 seu pai morre. Um chefe local torna-se seu tutor,1936 começa a lutar boxe,1937 entra para a faculdade de direito, é expulso em 1940. Em 1944 funda a CNA e se casa com Evelyn e tem quatro filhos. Em 1952 preso e condenado a trabalhos forçados abre após sair um escritório de advocacia com seu amigo Oliver R. Tamboe em 1958 divorcia e se casa com Winnie tendo duas filhas, em 1960 cai na ilegalidade sendo preso.
1962 sai da prisão deixa o país para treinar luta armada é preso ao voltar condenado a 5 anos.1962 vai para Robben Islande preso e em 1964 é condenado à prisão perpétua. 1982 transferido para a cadeia Pollismoor, rejeita oferta de liberdade em troca de abandonar a causa, em 1988 contrai tuberculose é hospitalizado, depois transferido para outra prisão e em 1990 libertado no dia 11 de fevereiro e eleito vice presidente da CNA. em 1993 recebe o premio Nobel da Paz junto com Frederik W.de Klerk. em 1994 é eleito presidente da África do Sul em 1996 divorcia de Winnie.1998 no dia de seus 80 anos se casa com a viuva de ex- presidente de Moçambique Samora machel. Em 1999 deixa a presidência sem tentar reeleição. Tem sua vida marcada por tragédias com mortes de filhos .
Quando eu estava lendo este artigo, ouvi a notícia que sua neta tinha morrido em um acidente, voltando da festa de abertura da Copa..
A copa do mundo aconteceu em 2010 na África do Sul por empenho de Nelson Mandela.
Sua vida foi marcada por tragédias.
As três mulheres que dividirão o Prêmio Nobel da Paz deste ano têm em comum a luta por maior espaço da mulher na sociedade, e pelos direitos humanos em geral.
Segundo as palavras do comitê Nobel, que anunciou a premiação em Oslo nesta sexta-feira, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a ativista Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman se destacaram por suas 'lutas não violentas pela segurança das mulheres e pelos direitos das mulheres de participar do trabalho de construção da paz'.
'Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo a menos que as mulheres alcancem as mesmas oportunidades que os homens para influenciar o desenvolvimento em todos os níveis da sociedade', afirmou o presidente do comitê, Thorbjöern Jagland.
Saiba mais sobre a vida e a carreira das premiadas.
Ellen Johnson-Sirleaf
Economista com formação nos Estados Unidos e ex-ministra das finanças, a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, foi a primeira mulher a se tornar chefe de Estado na África em janeiro de 2006.
Conhecida em seu país como 'a dama de ferro', Sirleaf garimpou a maior parte do seu apoio entre as mulheres liberianas e a pequena elite com mais acesso à educação no país.
A atual presidente, nascida em 1938, tem em seu currículo passagens pela ONU e o Banco Mundial, além de ter encabeçado o Ministério das Finanças da Libéria nos anos 1970, durante o mandato do então presidente William Tolbert.
Durante seu governo, Johnson-Sirleaf pôs em marcha programas de educação para mulheres e criou um tribunal especial para casos de estupro - rompendo um tabu na política do país.
Ela tem sido criticada principalmente por sua ligação com o ex-líder Charles Taylor, que se tornou um proeminente 'senhor da guerra' africano após o assassinato do ex-presidente da Libéria, Samuel Doe, e acabou se elegendo presidente do país.
Em um depoimento na Comissão da Verdade e Reconciliação da Libéria em 2009, Sirleaf admitiu ter apoiado Taylor inicialmente, mas disse que foi ludibriada a crer que a guerra era necessária para causar uma mudança no país.
A também liberiana Leymah Gbowee é o rosto mais conhecido do seu país no que tange aos esforços de paz. Ela esteve no centro de um movimento que levou ao fim da segunda guerra civil na Libéria, em 2003, e à eleição de Johnson-Sirleaf.
"Leymah Gbowee"
Embora o conflito na Libéria não tivesse causas diretamente ligadas à religião, Gbowee percebeu que havia tensões entre cristãos e muçulmanos, e trabalhou com mulheres das duas religiões para buscar entendimentos. Ela incentivou as mulheres a realizar as chamadas 'greves de sexo', rejeitando sexo com seus parceiros em busca de um objetivo.
Foi trabalhando com ex-crianças que lutaram como soldados no exército de Charles Taylor que a assistente social e mãe de seis filhos percebeu que 'qualquer mudança dentro da sociedade (liberiana) teria de partir das mães'.
A mobilização foi importante em forçar o regime de Charles Taylor a negociar a paz com rebeldes, nos esforços subsequentes de desmilitarização do país e na própria eleição de Sirleaf. Leymah Gbowee se tornou depois a cabeça da Comissão da Verdade e Reconciliação da Libéria.
Ativista com diversos prêmios recebidos por trabalhos humanitários, sobretudo em relação aos direitos das mulheres, Gbowee é desde 2006 a diretora-executiva da Rede Paz e Segurança - África, uma organização que trabalha com mulheres na Libéria, Costa do Marfim, Nigéria e Serra Leoa para gerar transformações positivas através do ativismo pela paz, educação e política eleitoral.
Tawakkul Karman
Terceira homenageada com o Prêmio Nobel da Paz de 2011, a jornalista do Iêmen Tawakkul Karman é uma figura proeminente do maior partido de oposição iemenita, Al-Islah, e diretora da organização Women Journalists Without Chain ('Mulheres Jornalistas sem Correntes'), fundada por ela em 2005.
"Tawakkul Karman durante manifestação pró-democracia em Sanaa, no Iêmen, em fevereiro deste ano"
Em uma sociedade altamente dominada pela presença masculina, a jornalista e mãe de três filhos tem liderado desde 2007 manifestações pacíficas pedindo maior poder para as mulheres e mais atenção aos direitos humanos.
O comitê do Nobel reconheceu os esforços de Karman na luta pelos direitos femininos no Iêmen durante a chamada Primavera Árabe, 'nas condições mais difíceis', nas quais Tawakkul chegou a ser presa e liberada duas vezes.
Ao saber do prêmio, a jornalista disse que dedicava o seu Nobel 'à juventude da revolução no Iêmen e ao povo iemenita'.
No início deste ano, ao visitar os Estados Unidos para receber o prêmio Internacional Women of Courage Award ('Prêmio Internacional Mulheres de Coragem'), ela foi elogiada pela secretária de Estado e a primeira-dama americanas, Hillary Clinton e Michelle Obama, por sua luta pelos direitos das mulheres.
O Clamor por Democracia e as Profecias.