Porque no Evangelho não há separação, só união.

Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012
Atleta troca guerra pelo esporte e sonha com ouro em Londres

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Lopez Lomong compete pelos Estados Unidos nos 5.000m depois de ser usado em guerra civil no Sudão quando criança


O orgulho de chegar às Olimpíadas é inerente a cada atleta. Mas é diferente para Lopez Lomong.


E justifica-se: para quem é arrancado da proteção dos país ainda criança para ser usado em uma guerra civil, o sentimento de vitória é maior.

 

Representará o país que o acolheu depois de ele mergulhar em violência na pátria onde nasceu, o Sudão.

Quando tinha seis anos, o futuro atleta estava em uma igreja com a família, em Kimatong, quando rebeldes armados entraram lá.

O menino foi sequestrado (estava nos braços da mãe dele) e obrigado a combater por eles na guerra civil que assolava o país.

Ele foi levado a um campo de treinamento.

Não havia comida para todos. Os alimentos eram misturados com areia.

Pequeno demais para conseguir carregar um rifle AK47, ele foi protegido por outros meninos, também sequestrados.

Um dia, eles conseguiram aproveitar a distração dos rebeldes e escaparam por baixo de uma cerca. Saíram correndo. Fugiram durante três dias e três noites. E foram parar no Quênia.

- Foi minha primeira corrida – disse o atleta à BBC.

No Quênia, Lopez Lomong ficou dez anos em um campo de refugiados.

Foi lá que ficou sabendo que existia algo chamado Olimpíadas. Viu, pela TV, Michael Johnson ganhar os 200m e os 400m nos Jogos de Atlanta e não entendeu por que aquele homem estava correndo.

- Mas depois eu percebi que ele estava correndo por algo maior. Ele estava correndo por seu país.

Um programa do governo americano permitiu que 3,5 mil jovens refugiados fossem levados ao país, onde seriam cuidados por um programa assistencial. Lopez Lomong era um deles. Foi adotado por uma família, começou a praticar atletismo e até conheceu Michael Johnson. Em 2008, garantiu classificação para os Jogos de Pequim.

Na cerimônia de abertura, carregou a bandeira americana. Agora, quer mais.

- Quero ganhar a medalha de ouro, porque devo isto para o povo americano.

Ele costuma frequentar seu país de origem.

Tem familiares lá.

E cuida de uma instituição de caridade.

Para 2016, tem um sonho:

Gostaria de ver uma atleta mulher carregando a bandeira do Sudão no Rio 2016.

 



publicado por Luis Paim às 18:37
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